O país tem um regime de monarquia e o rei Hussein (pai do atual rei), exerceu um papel fundamental na “abertura” da Jordânia para o mundo, fazendo ótimos acordos com outros países, o que popularizou sua imagem e possibilitou a modernização das cidades, abrindo inclusive uma imensa porta para o turismo.
E, apesar da Jordânia estar em uma região marcada por diversos conflitos (entre Israel e Palestina, por exemplo), o país é muito tranquilo e seguro.
As estradas são boas e tranquilas para viajar de carro entre as cidades.
Inclusive, seguro para mulheres que viajam sozinhas. Não existem relatos de assédio igual em outros países árabes como o Egito e o Marrocos, por exemplo.
O povo é hospitaleiro, te recebem com um sorriso e te convidam para suas casas e oferecem chá como boas vindas.
A Jordânia possui uma moeda bastante forte, até mesmo em relação ao euro, imagina para o nosso real.
O país não é barato, principalmente no que se refere à alimentação, mas, compensa cada centavo, pois come-se muito bem. Aliás, a culinária da Jordânia se tornou a minha segunda favorita.
A ocidentalização da Jordânia também se deve ao reinado de Abdullah (atual rei), um apologista da paz, o que permitiu ao país uma economia mais estável e um aumento do investimento estrangeiro. Graças a esta posição e ao fato de não haver guerra dentro das suas fronteiras e também à imagem mais ocidentalizada que a rainha veicula, a Jordânia é, cada vez mais, considerada um destino turístico, pleno de exotismo, de belezas naturais e históricas.
Vale a pena conhecer a Jordânia! Não me canso de repetir isso.
Agora vamos às informações mais importantes.
- Língua oficial: o árabe é a língua oficial da Jordânia. Por lá, toda a comunicação é feita no idioma. Na área mais turística o inglês é comumente usado.
- Moeda: a moeda oficial da Jordânia é o Dinar Jordaniano. Curiosamente, ela é mais valorizada que o dólar.
- Seguro viagem: além do visto, o seguro viagem para a Jordânia é obrigatório e deve cobrir, pelo menos, 10.000 dinares jordanianos. De acordo com a cotação, isso equivale a cerca de USD 14.000.
- Saúde: o sistema de saúde na Jordânia é considerado bom, principalmente nas grandes cidades. Contudo, para turistas utilizarem o sistema de saúde do país é preciso ter um seguro viagem válido.
- Eletricidade: a voltagem na Jordânia é 230v. Já as tomadas são dos mais variados tipos: C, D, F, G e J. Por isso, recomendamos a utilização de um adaptador universal caso pretenda utilizar aparelhos elétricos e/ou eletrônicos oriundos do Brasil.
Quando viajar para a Jordânia?
Devido ao seu clima desértico, recomendamos as estações de transição: primavera e outono, porque o clima fica mais ameno e propenso para explorar as paisagens locais.
Visto da Jordânia para brasileiros
Há três modos para conseguir o visto de turista para a Jordânia. Uma delas é fazer a solicitação ainda no Brasil, entregando a documentação no consulado. Outra é retirar o visto apenas ao chegar lá. A terceira e última opção é o Jordan Pass, que foi a opção mais prática para nós.
Importante saber que em todos os casos é imprescindível ter em mãos o certificado internacional de vacinação contra a febre amarela e um passaporte com validade mínima de seis meses e que tenha pelo menos quatro folhas em branco.
Jordan Pass: o que é e como funciona
Outra forma de conseguir o visto para a Jordânia é com o Jordan Pass.
Mas o que é o Jordan Pass? O Jordan Pass é uma espécie de pacote que você adquire antecipadamente e que te dá acesso a mais de 40 atrações no país. Ele também isenta o pagamento das taxas de concessão de visto para quem fica ao menos três noites (quatro dias) na Jordânia.
E como o Jordan Pass funciona? Ele é uma espécie de bilhete pré pago que te permite entrar em diversos pontos turísticos. Após comprar o passe pelo site, você recebe um código em PDF, que deve ser apresentado logo na entrada das atrações para ter o acesso liberado sem precisar pagar a taxa de visitação no local.
Outra coisa legal é que ele vale por 12 meses a partir da data da compra. No entanto, uma vez que é feita a primeira leitura do código, você pode usar o Jordan Pass por mais duas semanas apenas.
Quanto custa o Jordan Pass?
Você pode comprar o Jordan Pass a qualquer momento pelo site. Há três planos disponíveis, que custam 70JD (US$99), 75JD (US$106) e 80JD (US$113). A diferença entre eles é basicamente a quantidade de dias que você pode ir a Petra (um, dois ou três dias, respectivamente).
Você consegue comprar e acessar os detalhes sobre cada um dos pacotes pelo site oficial. No entanto, para conseguir a isenção da taxa do visto, lembre-se de que é preciso chegar ao aeroporto já com o passe comprado.
Melhores destinos para conhecer na Jordânia
Para conhecer o que a Jordânia tem de melhor, recomendamos que os seguintes destinos estejam no seu roteiro: Amã, Aqaba, Jerash, Wadi Rum, Wadi Musa e a região do Mar Morto.
Amã
Amã é a capital da Jordânia e tem uma característica bem peculiar. De um lado a cidade é bastante ocidental, com lojas, cafés e restaurantes com estilo mais contemporâneo, o outro lado é marcado por tradições muçulmanas bem preservadas.
Dentre as muitas atrações em Amã, conhecer a cidadela é uma experiência imperdível. As construções remontam ao passado romano e refletem uma das muitas facetas da capital jordaniana.
A vida noturna de Amã é bem animada. A descolada Rainbow Street é uma área diferente para conhecer, cheia de ótimos restaurantes. Além das opções gastronômicas, ao passear pela rua você vai descobrir lindas lojas de artesanatos locais.
Para se hospedar na capital da Jordânia, o melhor bairro é o Jabal Amman (onde ficamos). Ele fica perto das principais atrações e agrada a todos os tipos de viajantes.
Jerash
As ruínas de Jerash são uma ótima pedida para um bate e volta saindo de Amã. O sítio arqueológico de Jerash é bem compacto e centralizado, facilitando muito a visita. Para uma visita mais completa, os locais que você não pode deixar de conhecer são: o Arco de Adriano, o Circo Romano, o Templo de Artêmis e o Fórum. Além disso, ela é considerada um dos locais romanos mais bem preservados fora da Itália.
Para chegar a Jerash contratamos um motorista particular que nos buscou no hotel, nos levou até o sítio arqueológico e na volta nos deixou na Cidadela de Amã para continuarmos o roteiro do dia.
Wadi Musa (Petra)
Considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno e um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, Petra definitivamente é um dos destinos mais desejados pelos viajantes de todo o mundo. Sua história remonta a 312 a.C. quando ela foi colonizada pelos nabateus, povo que iniciou as icônicas construções em arenito no coração dos cânions de pedras rosadas. Não é a toa que Petra é também chamada de “Cidade Rosa da Jordânia”. Com o tempo, a cidade floresceu e se transformou em importante rota comercial.
Hoje em dia, ela é um dos sítios arqueológicos de maior importância do mundo. Localizado no oeste do país, a cidade mais próxima a Petra é Wadi Musa e recomendamos que você se hospede por lá. Sua rede hoteleira é excelente com opções para todos os tipos de viajantes.
Vou deixar um post especial para Petra.
Aqaba
Emoldurada pelo Mar Vermelho, a cidade é um dos centros de turismo mais importantes do país e está entre as 10 mais populosas. De fato, a idílica cidade costeira da Jordânia, atrai viajantes do mundo inteiro com sua fusão de belo litoral com muita história.
Uma visita a essa cidade apaixonante não está completa sem um mergulho no Mar Vermelho. Suas águas mornas e os vibrantes recifes de corais fazem de Aqaba um local disputado, especialmente no verão, entre mergulhadores dos mais diversos níveis. Nós não fizemos, mas fica aqui a dica para você que curte mergulho.
E quando o assunto é hospedagem, Aqaba é repleta de hotéis para todos os tipos de viajantes, inclusive conta com resorts altamente luxuosos.
Mar Morto
É um imenso lago que ficou famoso por conta da sua fácil flutuação. Esse fenômeno é explicado pela alta concentração de sal em suas águas, que fazem com que objetos e até pessoas boiem, sem maiores dificuldades.
Embora a parte mais famosa do Mar Morto seja a israelense, nós visitamos o lado jordaniano. Para chegar até lá saindo de Amã a estrada é bem tranquila e bonita. São cerca de 70km até o mar e você pode facilmente fazer um bate e volta a partir da capital.
Para conhecer o Mar Morto, você pode ir nas áreas públicas, o que pode não ser a melhor opção se você desconhece os costumes locais. Outra opção são os clubes ou áreas reservadas de hotéis que oferecem serviços bem completos. Essa foi a nossa escolha e adoramos! Você pode se hospedar nos hotéis ou pagar uma taxa por dia para utilizar as facilidades, como chuveiros e restaurantes.
Wadi Rum
Dentre os destinos jordanianos mais surpreendentes, Wadi Rum certamente está no topo da lista. O deserto rodeado de areia vermelha já serviu como cenário de diversos filmes, como “Perdido em Marte”, “Rogue One: Uma História Star Wars” e “Lawrence da Arábia”.
Esse deserto protegido no sul da Jordânia possui paisagens fantásticas, que incluem areias vermelho-ocre, dramáticas montanhas de arenito e formações rochosas com arcos naturais. Além disso, Wadi Rum é o lar de diversas tribos de beduínos, nome dado aos grupos nômades dos desertos árabes.
Milhares de turistas visitam o local anualmente justamente buscando submergir nessa cultura milenar com um povo extremamente acolhedor. Nós tivemos essa experiência e foi realmente fantástico ver como os beduínos vivem, mesmo que por uma noite. Comemos junto com eles em um clima muito gostoso, ao som de música e tradições.
