Uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, a cidadela de Machu Picchu é um dos destinos mais desejados do mundo.

E não é para menos, a famosa cidade passou séculos oculta nas montanhas, praticamente intacta e conservada pelo tempo. Até hoje é um mistério o motivo de seu abandono pelos Incas, que ocorreu antes mesmo da chegada dos Espanhóis.

Somente em 1911 a cidadela foi descoberta. O arqueólogo americano Hiram Bingham é considerado o descobridor de Machu Picchu, responsável por mostrar esta joia da civilização Inca para o mundo.

É impossível caminhar pelas ruínas de Machu Picchu sem imaginar como era a vida naquela época, como os Incas foram capazes de construir uma cidade no topo de uma montanha com os recursos limitados que possuíam.

Cercada de histórias, lendas e acontecimentos marcantes, a cidadela tem, em cada um de seus pontos, traços de uma civilização que nem mesmo o tempo foi capaz de apagar.

Achamos fundamental fazer a visita com um guia para que você não deixe passar nenhuma informação sobre a história de Machu Picchu.

Qual circuito escolher em Machu Picchu

Uma dúvida muito comum de quem pretende visitar o sítio arqueológico de Machu Picchu é qual Circuito escolher.

São três circuitos oficiais com rotas diferentes dentro de cada um. No total, há dez opções de trajetos. 

Para facilitar, Machu Picchu foi “dividida” em  três circuitos:

CIRCUITO 1

No nível mais alto está o circuito 1 chamado de Panorâmico, que tem como base um mirante para as ruínas. Nessa opção, só é possível admirar a cidadela de longe, já que não é permitido descer. O circuito 1 tem quatro opções de rotas que combinam diferentes atrativos.

ROTAS:

1A Ruta Montanha Machu Picchu – Mirante e Montaña Machu Picchu. Essa opção é para quem gosta de aventura e fazer trilha

1B Terraza Superior – Vista mirante.

1C Portada Inti Punku – Mirante e Porta do Sol, que era a principal entrada da cidade.

1D Ruta Puente Inka – Mirante e ponte construída pelos incas, mas não pode caminhar pela ponte.

CIRCUITO 2

Chamado Machu Picchu Clássico, permite as tradicionais fotos das ruínas de Machu Picchu com a montanha ao fundo.

Depois desse mirante, os turistas descem e visitam uma parte da cidadela. Foi o circuito que nós escolhemos e faz toda diferença estar com um guia para te explicar os principais detalhes.

ROTAS:

2A Ruta Diseñada – que passa por parte das ruínas, como o Llaqta Punku, Praça Central e Espelhos d’água.

2B Terraza Inferior – que percorre outra parte das ruínas e também passa pelo mirante do Templo do Sol.

CIRCUITO 3

Chamado Machu Picchu Realeza,  também permite uma foto panorâmica para as ruínas e dá acesso a uma parte da cidadela, além de combinar o trajeto com atrativos próximos.

ROTAS:

3A Ruta Montaña Wayna Picchu – ruínas e Montanha Wayna Picchu. A subida à montanha torna essa rota a mais difícil de todas. São mais de 1600 degraus construídos pelos incas. É um trecho para quem tem bom preparo físico e não tem medo de altura.

3B Ruta diseñada – visita apenas parte da cidadela.

3C Gran Caverna – ruínas e Grande Caverna, que está dentro da Montanha Wayna Picchu.

3D Huchuy Picchu – ruínas e Montanha Huchuy Picchu. A subida é mais tranquila que a Wayna Picchu, e o percurso leva uma hora e 30 minutos.

Como chegar a Machu Picchu saindo de Lima

1. Pegue um voo ou ônibus de Lima para Cusco. Ambos o deixarão a aproximadamente 20 minutos da Plaza de Armas em Cusco. Duração: Avião: 1h 30min / Ônibus: 22hrs.

2. Vá para a estação de trem de sua escolha a partir da Plaza de Armas, e pegue o trem para Águas Calientes:

• Estação San Pedro
• Estação Wánchaq
• Estação Poroy
• Estação Urubamba
• Estação Ollantaytambo

Aguas Calientes é uma pequena e peculiar vila localizada às margens do rio Urubamba e é o ponto mais próximo da cidadela Inca de Machu Picchu. A distância entre os dois locais é de aproximadamente 9 quilômetros. Também é conhecida pelo nome de “Povoado de Machu Picchu”.

3. Viaje de trem. Para chegar a Aguas Calientes, pode-se pegar o trem de Cusco ou Ollantaytambo, em uma das duas empresas que operam o serviço. Também é possível chegar por ônibus ou transporte privado de carro até um ponto próximo.

Já em Aguas Calientes, basicamente existem duas alternativas para chegar a Machu Picchu: de ônibus ou a pé.

4. O ônibus é uma das alternativas para chegar a Machu Picchu a partir de Aguas Calientes. Pode-se pegar um ônibus na vila de Aguas Calientes para subir até o topo da montanha e chegar finalmente a Machu Picchu.

A viagem tem duração média de 25 minutos na ida e de 12 a 15 minutos na descida. O nome da empresa operadora é CONSETTUR, e é administrada pelos moradores do povoado de Machu Picchu.

5. Chegada à Cidadela ou Llaqta Machu Picchu.

Ingressos para Machu Picchu no Peru

Recomendamos que você compre seus ingressos pelo menos 30 dias antes de sua viagem para Machu Picchu em tuboleto.cultura.pe, site oficial. Caso você opte por fazer um tour guiado, muito provavelmente o ingresso de entrada já estará incluído no seu pacote.

 Machu Picchu com pernoite em Águas Calientes

Essa foi a nossa escolha, e valeu a pena! O vilarejo de Águas Calientes é a melhor opção de base para quem quer começar o passeio a Machu Picchu logo cedo e/ou descansar após a visita.

Águas Calientes que também é carinhosamente chamada de Machupicchu Pueblo, é um pequeno povoado no Peru, muito famoso por ser a principal porta de entrada para Machu Picchu. Ele fica encravado em um vale estreito e montanhoso, às margens do Rio Urubamba, rodeado por uma natureza exuberante, com muita vegetação, montanhas e cachoeiras.

Apesar de ser pequena, Águas Calientes é super movimentada, cheio de hotéis, pousadas, restaurantes, mercadinhos, cafés e até um mercado de artesanato. A cidade cresceu justamente por causa do turismo, e praticamente tudo ali gira em torno dos visitantes que chegam para conhecer a cidadela inca.

O nome “Águas Calientes” vem das fontes termais que existem na cidade (você pode visitar e relaxar lá!).

Não há acesso de carros para Águas Calientes, você chega de trem (saindo de Cusco ou Ollantaytambo) ou a pé, pela trilha Inca ou a trilha Salkantay.

De lá, os visitantes pegam um ônibus ou fazem uma trilha até a entrada de Machu Picchu.

Contratamos o passeio até Machu Picchu com guia em português através do hotel em que ficamos hospedados. Achamos mais prático e conveniente. Se quiserem a indicação do hotel, deixe aqui nos comentários.

Bate e volta Machu Picchu – Cusco

Fazer um bate e volta de Cusco a Águas Calientes para visitar Machu Picchu é totalmente possível, mas é um dia bem corrido — especialmente porque envolve deslocamentos longos e precisa de um bom planejamento.

Funciona mais ou menos assim se você resolver fazer por conta própria:

1. Saída de Cusco

• Você sai bem cedo, geralmente entre 3h e 5h da manhã.
• Primeiro precisa chegar até Ollantaytambo (pode ser de transfer, táxi, ou van — leva cerca de 1h30 a 2h).
• De Ollantaytambo, você pega o trem para Águas Calientes (a viagem dura em torno de 1h30).
• Trens mais comuns: Expedition (mais econômico) ou Vistadome (mais confortável e com janelas panorâmicas).

2. Chegada em Águas Calientes

• Em Águas Calientes você compra o bilhete do ônibus que sobe até a entrada de Machu Picchu (leva cerca de 25 minutos) ou, se quiser economizar, pode subir a pé (cerca de 1h30 de caminhada pesada).
• É importante já estar com o ingresso para Machu Picchu comprado com antecedência, pois há limite de visitantes por horário!

3. Visita a Machu Picchu

• A visita à cidadela geralmente dura de 2 a 3 horas (guiada ou livre).
• Você pode escolher trilhas internas, como a do Huayna Picchu ou Montanha Machu Picchu, mas elas exigem ingressos separados e mais tempo.

4. Retorno para Cusco

• Depois da visita, volta para Águas Calientes (ônibus ou caminhada).
• Pega o trem de volta para Ollantaytambo e, de lá, o transporte para Cusco.
• Normalmente você chega de volta à cidade à noite, entre 20h e 22h.

Você também pode fazer o bate e volta contratando um tour.

Qual a melhor época para visitar Machu Picchu no Peru

A região de Machu Picchu tem duas estações bem definidas: O período de chuvas que acontece no verão, de dezembro a março. Já de maio a setembro é o período de seca e consequentemente a incidência de chuvas é bem menor, principalmente nos meses de junho e julho.

Resumindo:

• Maio a setembro (estação seca):
  • Clima: Pouca chuva, dias ensolarados e céu azul (perfeito para fotos!).
  • Melhor época: Especialmente maio e setembro, porque o clima está ótimo, mas ainda não é o pico do turismo.
  • Julho e agosto são os meses mais movimentados (alta temporada), então tudo fica mais cheio e caro.
• Outubro a abril (estação chuvosa):
  • Clima: Mais chances de chuva e trilhas escorregadias.
  • Janeiro e fevereiro têm as chuvas mais intensas — em fevereiro, inclusive, a famosa Trilha Inca fecha para manutenção.
  • A vantagem é que há menos turistas e a natureza fica bem verdinha e bonita.

Atenção:
Mesmo na estação seca, Machu Picchu está em uma região de floresta tropical de altitude, então é comum ter neblina no começo da manhã. Às vezes, a névoa abre depois de algumas horas, revelando aquela vista mágica!

Quantos dias ficar em Machu Picchu

Saber quantos dias são ideais para visitar Machu Picchu, vai depender da sua programação.

Se você for fazer apenas um circuito, um dia é suficiente para conhecer, basta chegar cedo para aproveitar ao máximo seu dia.

Se você também quiser se aventurar pelas outras montanhas, é bom ir com mais tempo. Subir as trilhas de Huayna Picchu e Machu Picchu requer um esforço físico um pouco maior e a visitação a cada uma pode demorar cerca de uma tarde toda, dessa forma, é bom reservar pelo menos um dia pra cada uma delas para que seu passeio não seja excessivamente exaustivo.

Como evitar o temido Mal de Altitude, o Soroche

Antes de explicar o que é e como evitar e/ou combater o mal de altitude, quero dizer aqui que mesmo que você tenha uma saúde de ferro, não menospreze o Soroche (mal de altitude). Eu não tenho nenhuma comorbidade, me exercito com frequência, ou seja, tenho um bom preparo físico, senti na pele os efeitos da altitude mesmo me cuidando e tomando o remédio Diamóx, mascando folhas de coca e tomando o chá de coca. Tive dois desmaios consecutivos e precisei ser levada ao posto médico e tomar oxigênio. Graças a Deus não foi nada grave. Relato isso para dizer que não subestime o soroche e se cuide! Para isso vou deixar aqui o que acontece com o corpo e algumas orientações a serem seguidas de maneira bem simples.

O que é o mal de altitude?

O mal de altitude acontece porque, em grandes altitudes, o ar tem menos oxigênio disponível.
Quando você sobe muito rápido (como ir de Cusco direto para passeios, por exemplo), o seu corpo não tem tempo suficiente para se adaptar a essa quantidade reduzida de oxigênio.

O que acontece no corpo:

• Respiração: Você respira mais rápido tentando captar mais oxigênio.
• Coração: O coração bate mais rápido para tentar levar mais oxigênio para os órgãos.
• Cérebro: Como chega menos oxigênio no cérebro, isso pode causar dor de cabeça, tontura e confusão mental.
• Pulmões: Em casos mais graves, pode haver acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar de alta altitude).
• Cérebro (casos severos): Pode acontecer um edema cerebral (inchaço no cérebro por falta de oxigênio), o que é muito perigoso.

Aí começam os problemas: Sintomas comuns: dor de cabeça, tontura, náusea, falta de ar, cansaço, dificuldade para dormir e, em casos mais fortes, vômitos ou sensação de desmaio.

Como evitar ou amenizar os sintomas:

• Suba devagar: Se possível, vá primeiro para lugares mais baixos (tipo o Vale Sagrado). Isso ajuda o corpo a se adaptar melhor.

• Hidrate-se bastante: Beba muita água! A desidratação piora os sintomas.

• Evite bebidas alcoólicas e comidas pesadas nos primeiros dias: Álcool e alimentos gordurosos podem sobrecarregar o corpo.

• Descanso: Nos primeiros momentos, pegue leve! Nada de sair correndo para fazer todos os passeios logo que chegar.

• Chá de coca: Em Cusco e no Peru inteiro eles oferecem o famoso chá de coca, em qualquer lugar você encontra para comprar ou é oferecido pelos estabelecimentos, é natural e ajuda bastante a aliviar sintomas leves.

• Remédios preventivos: Algumas pessoas tomam remédios como soroche pills (vendidas no Peru) ou consultam o médico antes para pegar algo como Diamox.

• Oxigênio extra: Muitos hotéis e agências em Cusco têm cilindros de oxigênio disponíveis para emergências.

Seguro Viagem Internacional para o Peru

Como vimos, visitar Machu Picchu é uma experiência incrível, mas requer uma série de precauções. Por isso, é super importante ter um seguro viagem para evitar qualquer dor de cabeça durante os passeios.

Contratar um seguro viagem é uma boa forma de se precaver e garantir que a sua experiência vai ser a mais tranquila possível.

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