Viajar para a capital da República Tcheca sempre surpreende. É uma cidade que combina história, arquitetura e cultura de um jeito único. Logo na chegada, percebemos como cada rua parece ter saído de um livro antigo, contudo a atmosfera é leve, divertida, acolhedora e perfeita para quem deseja explorar tudo a pé. Dessa forma, Praga se destaca entre os destinos mais encantadores da Europa Central.
Estivemos na cidade em duas oportunidades, em 2016 e recentemente em 2025. Com isso, temos dicas fresquinhas e atuais para dividir com vocês.

História de Praga: da Idade Média ao presente
A história de Praga é tão fascinante quanto suas paisagens. A cidade surgiu por volta do século IX, por causa do comércio ao longo do rio Moldava, que transformou a região em um ponto estratégico. Com o tempo, tornou-se sede de reis, imperadores e figuras importantes, como Carlos IV, que elevou Praga ao status de capital do Sacro Império Romano-Germânico.
Durante a Idade Média, surgiu o Castelo de Praga e a Cidade Velha, enquanto a famosa Universidade Carolina consolidou a cidade como polo intelectual. Contudo, nos séculos seguintes, Praga enfrentou guerras, dominações e tensões políticas. No século XX, passou pela ocupação nazista e, depois, pelo regime comunista. Com a Revolução de Veludo, em 1989, o país conquistou a democracia e iniciou um período de grande revitalização.
Atualmente, Praga é um destino turístico vibrante, pois oferece uma combinação rara de preservação histórica e vida moderna.

Documentos exigidos para entrar no país
Brasileiros não precisam de visto para entrar na República Tcheca, o país faz parte da União Europeia, e sendo um país Schengen, o visto de entrada vale para visitar o país e os países membros por 90 dias.
O Seguro viagem é obrigatório para entrar na República Tcheca, pois o país faz parte do Tratado de Schengen, que exige um plano de saúde para todos os viajantes.
O Tratado de Schengen é um acordo entre 27 países que estabeleceu livre circulação entre as nações participantes. Ou seja, você pode cruzar fronteiras sem muitas burocracias. Para os viajantes, este tratado implica na obrigatoriedade de contratar um seguro viagem com cobertura médico- hospitalar de, no mínimo, 30 mil euros. Por isso, fique atento na hora da contratação e confirme se o plano escolhido cobre este valor!
Mas, fique tranquilo, é possível contratar um plano pagando pouco por dia e, ainda, ter a segurança de coberturas médicas, seguro mala extraviada e até assistência jurídica em toda a Europa.
Ter essas coberturas em uma viagem internacional é muito importante, pois muitos imprevistos podem acontecer e, longe de casa, tudo fica mais complicado de resolver.
Para saber qual o melhor seguro viagem para Praga, uma boa dica é usar um comparador online de seguros viagem. Clique no link e faça o seu. Há muitas opções disponíveis no site.
Como chegar em Praga
A cidade de Praga conta com um aeroporto internacional, o Václav Havel, a menos de 20 km do centro. Não existem voos diretos do Brasil para Praga, mas chegar até lá é fácil fazendo conexão em qualquer grande cidade da Europa que receba voos do Brasil ou até mesmo pelos países do Oriente Médio.
O aeroporto fica a cerca de quinze quilômetros da capital e está conectado à cidade por vários meios de transporte público e privado. A maneira mais fácil e confortável ir do aeroporto de Praga para o centro da cidade (e vice-versa) é de carro. Use táxi, carro por app ou transfer.
A maneira mais barata é o ônibus AE (Airport Express) faz a ligação entre os dois terminais do aeroporto e a Estação Ferroviária Central de Praga, a estação Hlavní Nádraží. Daí, é possível ir de metrô a qualquer outro ponto da cidade.
Consulte todas as informações do Airport Express aqui

Qual é a melhor época do ano para visitar Praga
A primavera e o verão são ideais por causa das temperaturas mais agradáveis. No verão é quente e úmido, ideal para quem gosta de dias ensolarados. A parte desfavorável nesta época é a alta temporada. A cidade fica cheia e mais cara. O outono oferece belas paisagens com tons alaranjados e no inverno a cidade fica mais fria, porém os mercados de Natal tornam a visita muito especial. Mas só vá para a República Tcheca no inverno se você gostar de frio.
Uma dica é ir na primavera (abril e maio) ou no outono (setembro e outubro), quando os preços estão mais em conta e a temperatura mais moderada.
Onde se hospedar para otimizar a experiência
Escolher a região certa para se hospedar em Praga faz toda a diferença na sua experiência, então considere suas preferências pessoais e o que você deseja visitar na cidade.
Cidade Velha (Staré Město)
O bairro chamado de Cidade Velha ( Staré Město), é onde estão as principais atrações turísticas como a Praça da Cidade Velha, o Relógio Astronômico e uma infinidade de museus. Além de fácil acesso a restaurantes e lojas diversas. O bairro é o coração histórico de Praga e a parte mais charmosa e vibrante na minha opinião. O lado negativo é ser mais movimentado, o que pode ser um problema para quem gosta de tranquilidade, e é também a área com hospedagem mais cara.
Escolher ficar em Staré Mesto significa ter tudo ao seu alcance: de lojas a museus, hotéis a restaurantes, tudo de fácil acesso.

Cidade Nova (Nové Město)
Esta área é um pouco mais moderna e oferece uma mistura de cultura, vida noturna e compras. É uma excelente opção para quem busca um ambiente mais tranquilo, mas ainda assim próximo do centro. Apesar de ser dominada por ruas comerciais, tem um lado cultural tímido mas presente
O lado positivo é ter menos turistas em comparação com a Cidade Velha, mas ainda acessível a pé às principais atrações.
Há muitas opções de hotéis com preços mais acessíveis e a área é muito bem servida por transporte público.
Cidade Baixa (Malá Strana)
Fica localizada do outro lado do Rio Moldava, e é conhecida por suas ruas charmosas e arquitetura histórica. A área é mais tranquila, ideal para quem busca um ambiente mais relaxante, menos agitada, e vistas lindas do castelo e da cidade. Sem falar que é possível encontrar acomodações a preços razoavelmente baixos.

Quais são as áreas a serem evitadas em Praga
As quatro áreas que eu aconselharia a evitar em Praga são:
– a parte superior da Praça Venceslau: apesar de estar no centro da cidade, é bastante movimentada e conhecida por atrair batedores de carteira e armadilhas para turistas;
– Hlavní nádraží a área da estação de trem, que não é particularmente perigosa, mas é bastante desalinhada, especialmente à noite;
– Bartolomějská, Benediktská ou Krakovská (três ruas na Cidade Velha e na Cidade Nova): embora não sejam bairros particularmente perigosos, essas três ruas, juntamente com o distrito de Smíchov, têm a maior taxa de criminalidade em Praga.
– distritos 9, 10 e 11 de Praga: são mais residenciais e industriais, sem o charme e a beleza histórica do centro da cidade. Embora não sejam particularmente perigosos, eles podem não oferecer a melhor experiência para os turistas que buscam a magia de Praga.
Como se locomover em Praga
O transporte público em Praga funciona muito bem, é barato e os diferentes meios de transporte disponíveis são pontuais e bem conectados. Quer você vá de metrô ou opte por ônibus, bonde ou funicular, sua passagem é sempre a mesma. Lembre-se de que a validade da passagem começa depois de carimbada. Esse é um bom incentivo para os residentes de Praga que querem deixar seus carros em casa ou para os turistas que decidem viajar pela cidade. Se você precisar descer de um veículo e entrar em outro para chegar ao seu destino, basta guardar o bilhete.

Tickets
As passagens permitem que você viaje em diferentes tipos de transporte público sem distinção. No entanto, você precisará escolher a passagem que melhor atenda às suas necessidades: há passagens por tempo e passes.
Tíquetes de horário
A compra de um único bilhete de tempo significa que você pode usar o meio de transporte por 30 ou 90 minutos. Os bilhetes de 90 minutos são perfeitos para quem precisa se deslocar da cidade para o aeroporto (e vice-versa), e os bilhetes de 30 minutos para se deslocar para o centro da cidade. O gasto máximo por unidade é, na pior das hipóteses, de 1,20 euro, para apenas 60 centavos se você tiver direito à faixa reduzida (6-15 anos ou 60-70 anos) ou zero (0-6 anos ou 70 anos ou mais).
Para a tarifa reduzida para crianças com menos de seis anos e idosos com mais de 70 anos, basta apresentar um comprovante de identidade. Por outro lado, os idosos com idade entre 60 e 70 anos terão de obter um cartão da DDP (Dopravní podnik hlavního mesta Prahy), a empresa de transporte de Praga. Se você for um turista de passagem, decida por si mesmo se vale a pena.
Passes de turista
Os passes de turista podem ser válidos por 24 ou 72 horas em sua forma curta, por um ou mais meses quando a estadia durar longos períodos de tempo. Nesse caso, também é possível estar dentro ou fora das faixas com direito ao preço reduzido, conforme descrito acima.
O gasto previsto para um passe de 24 horas é de € 4 (€ 2 para quem tem direito à redução). O preço de um passe de três dias é de 11,50 euros para todos. Um passe mensal custa cerca de 20 euros. Há uma pequena sobretaxa se estiver viajando com bagagem grande ou com carrinhos de bebê vazios.
Onde comprar tickets
Você pode comprar os tickets em máquinas (você as reconhecerá pela cor amarela) ou em bancas de jornal ou bilheterias nas estações de metrô.
Moeda Oficial
A moeda oficial é a coroa tcheca (CZK). Embora muitos estabelecimentos turísticos e hoteleiros aceitem pagamentos em euros, é aconselhável levar ou trocar seu próprio dinheiro em CZK para aproveitar as taxas de câmbio mais favoráveis. Se preferir usar seu cartão, você encontrará caixas eletrônicos em toda a cidade, mas fique atento às taxas. Cartões de crédito internacional ou um cartão de débito global tipo Wise ou Nomad funcionam perfeitamente por lá.
Quantos dias é o ideal para ficar em Praga?
Três dias é o tempo ideal para conhecer as principais atrações de Praga, especialmente para uma primeira viagem. Mas se você tem mais tempo disponível e quer fazer passeios mais completos, cinco dias são o suficiente.
Dicas extras
Como em qualquer grande cidade turística, é importante ficar atento aos batedores de carteira, especialmente em áreas movimentadas, como a Ponte Carlos ou a Praça da Cidade Velha. Evite trocar moeda na rua: é melhor confiar em bancos ou casas de câmbio com taxas transparentes. Quanto aos táxis, use empresas ou aplicativos conhecidos, como Bolt e Uber, para evitar possíveis sobretaxas. Também esteja preparado para possíveis “inspetores de passagens falsas” no transporte público: sempre compre uma passagem normal e guarde-a até o final da viagem.
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